12 de fev. de 2012

Gazzara




Rafael Coutinho lançará o Gazzara na FestiPoa, em abril. Abaixo um dos trabalhos que fazem parte do projeto - quadrinho, ou melhor, "quadrão" do Edu Medeiros.

Como funciona o projeto? Rafael explica neste texto (e no seu blog): "A ideia era simples, e partia de uma premissa mais simples ainda: "lugar de quadrinhos tinha que ser na parede." Vivemos um período realmente impressionante, com quadrinistas produzindo histórias e páginas de uma qualidade e linguagem muito nova e estimulante. Cada um com um estilo diferente, bebendo em fontes variadas, trazendo pro jogo um nível muito elevado de raciocínio e volume de trabalho. Quando nos encontramos em eventos de quadrinhos pelo país, fico sempre vendo aquelas lindas páginas e ilustrações e pensando: "deus, todo esse trabalho e detalhe, tava na hora desse desenho estrapolar os pequenos formatos (muitas vezes não tão pequenos assim, mas ainda sim um formato tradicional de livro, muito confortável ao meio aliás). Que lindo seria poder colocar isso na minha parede, enorme, como uma pintura." Pois bem, daí surgiu a ideia de fazer uma hq em formato enorme, 60cm X 40cm, o conhecido A2 (o A3 é metade dele, o famoso "posterzinho", o A2 sendo o formato de papel de impressora, 21 X 29,7cm). O desafio era contar uma história nesse formato, e não perder o essencial do quadrinho, contar uma boa história. Convidei alguns amigos que admiro muito o trabalho, e sugeri que todos fizessem uma história de 4 páginas, cada página em formato A2, grandão, e a hq viria em um tubo de poster onde o cara encontraria 4 posters do artista, como uma HQ curta de quatro páginas, ENORME. Simples. Bolamos meio conjuntamente algo que unisse todas, e pudesse sugerir uma leitura universal e conjunta. Todas as histórias são escritas em um texto incompreensível, como uma outra língua ou um texto técnico incompreensível, cada um obviamente entendeu como quis. Ficou lindo. Os primeiros cinco artistas a serem publicados serão Rafael Sica, André Kitagawa, Heitor Yida & Mateus Acioli (uma dupla), Edu Medeiros e o argentino Berliac. São caras que ao meu ver são gênios do meio, cada um com uma poética muito particular e com trabalhos muito maduros, tenho muita admiração e respeito por todos, além de muito grato por terem topado e acreditado nisso tudo."